Falta de alimentação para estudantes e garantia de debates amplos sobre plataformização do ensino também estiveram na pauta
A presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, e as diretoras Andréa Dalton e Fabiana Gonring estiveram em uma reunião com a Pró-reitora de Graduação da Ufes, Cláudia Maria Mendes Gontijo, na última quarta-feira, 13. Foram tratadas diversas pautas, entre elas a preocupação da diretoria do Sindicato e da categoria com uma possível utilização do ensino remoto durante a greve, caso ela se confirme. A Pró-reitora informou que não há amparo legal para que isso ocorra nesta situação, ao contrário do que ocorreu na pandemia, e as aulas precisarão ser repostas presencialmente após o término da greve. Além da ausência de normativa legal, a Pró-reitora disse que isso seria uma desqualificação do movimento docente organizado.
Ana Carolina Galvão acrescenta que, em caso de greve, a Adufes defende que o calendário seja suspenso para retomada posterior com um novo planejamento igual para todas/os dentro da universidade.
Além da reposição das aulas no caso de greve, a Adufes levou ao encontro uma preocupação crescente com a permanência estudantil. A diretora Andréa Dalton chamou a atenção para esta pauta, lembrando que há cada vez mais sinais do aumento das dificuldades que alunas/os vêm enfrentando, com destaque para a situação alarmante da falta de alimentação.
Estudantes em jejum nas aulas
De acordo com as diretoras, a categoria tem relatado um número crescente de estudantes que chegam às aulas sem tomar café da manhã e que esperam o almoço para fazer a primeira refeição do dia no Restaurante Universitário (RU). A situação tem impacto direto na permanência, na Universidade como um todo e no trabalho das/dos docentes.
“Não dá para continuar agindo diante dessa situação grave como se nada estivesse acontecendo. Não há um mapeamento da insegurança alimentar dentro da Ufes”, disse Ana Carolina Galvão, lembrando que a Pró-reitora se mostrou sensível ao problema e ciente da sua gravidade.
Outra pauta tratada se referiu à Portaria 2117/2019 e à possibilidade de implementação de até 40% de aulas na modalidade EaD nos cursos de graduação presenciais, além do Reuni Digital. A diretoria colocou a Adufes à disposição para contribuir na promoção de debates presenciais para qualificar a discussão sobre o assunto, oferecendo apoio logístico e de organização para garantir que toda a comunidade universitária participe.
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