Assembleia Geral: categoria docente em greve rejeita proposta do Governo Federal

Também foi aprovado o encaminhamento feito pelo Comando Local de Greve (CLG) e uma contraproposta elaborada localmente será encaminhada ao Comando Nacional de Greve (CNG) que se reunirá neste sábado, 25, e domingo, 26, em Brasília

A Adufes realizou mais uma assembleia geral na tarde desta sexta-feira, 24, e a categoria rejeitou a proposta do Governo Lula apresentada em 15 de maio durante a 5a. rodada de negociação. Foram 123 votos pela rejeição, 5 abstenções, e nenhum voto pela aceitação.

O Comando Local de Greve (CLG) fez diversos cálculos a partir dos poucos dados disponibilizados na proposta do Governo e, com base neste acumulado de discussões, apresentou à Assembleia as consequências da aceitação da proposta, fazendo a comparação com a contraproposta apresentada pelo Andes-SN ao Governo Federal.

Além da discordância quanto aos índices de recomposição salarial oferecidos, com permanência do 0% de reajuste em 2024, as mudanças na Portaria 983/2020 e na Instrução Normativa (IN) 66/2022 também foram consideradas insuficientes. Além disso, outros 19 pontos do revogaço não foram discutidos pelo Governo e não houve sequer um aceno com relação à recomposição dos orçamentos das IFEs reivindicada junto ao MEC.

Contraproposta

Além da rejeição à proposta do Governo Federal, a Assembleia aprovou o encaminhamento feito pelo CLG de levar uma contraproposta ao Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes-SN que se reunirá neste sábado, 25, e domingo, 26, em Brasília, com a participação da presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão. Na ocasião serão realizadas as discussões sobre uma possível nova contraproposta para dar continuidade às negociações. O Governo tentou dar um ultimato à greve, mas a assembleia da Adufes teve várias falas que repetiram que quem decide sobre o fim da greve são as(os) trabalhadoras(es).

Foram 98 votos favoráveis ao encaminhamento do CLG (não houve votos contrários e abstenções) indicando ao CNG recomposição salarial de 5,16% em 2024, 9% em 2025, e 7,06% em 2026. Além disso, foi indicada a manutenção dos steps como estão atualmente e a necessidade de haver garantia de discussão sobre carreira e o revogaço. Apesar de ser negociada em outro ministério (MEC), foi ressaltado que é preciso que o Governo apresente uma proposta para recomposição dos orçamentos das IFEs.

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