O fórum propõe a articulação de diversos movimentos sociais, sindicais e populares contra a política de austeridade em curso no Espírito Santo. A Adufes é uma das entidades que compõe o Fórum.
A criação do Fórum Capixaba de Lutas Sociais, que foi realizada na Adufes, ocorreu no campus de Goiabeiras, na Ufes, na última quarta-feira (16). O evento foi uma iniciativa do então Comitê Pró-Fórum Capixaba de Lutas Sociais e Contra Austeridade que se mobilizou a partir da paralisação da PM no ES. Durante 22 dias, mulheres e familiares de Policiais Militares bloquearam os acessos dos quartéis e batalhões, impedindo que a PM fosse para as ruas, o que possibilitou que a segurança pública entrasse em colapso. Essa, foi uma das consequências da política de ajuste fiscal do governador Paulo Hartung (PMDB).
O fórum foi criado contra a política de austeridade e os efeitos de uma gestão que supervaloriza executar o saneamento financeiro à custa do arrocho dos servidores e a extinção de políticas públicas e sociais. A reunião para elaboração coletiva da Carta de Princípios e Preposições do fórum ocorrerá no dia 7 de abril (sexta-feira), às 14 horas na sede da Adufes, em Vitória.
Na abertura da reunião foi exibido o vídeo Quanto vale uma vida? Crise de segurança e política de austeridades no ES, uma produção do Comitê Pró-Fórum Capixaba de Lutas Sociais e contra Austeridade. O vídeo de 20 minutos reúne relatos de docentes, lideranças sociais e populares e aponta que o caos na segurança é consequência da política do ajuste fiscal do governo.
As leituras sobre os fatos, segundo os organizadores do curta, também trazem reflexões de pessoas envolvidas no processo de resistência e comprometidas com a defesa da vida. “São leituras no calor da hora, gravadas em meio aos acontecimentos, que buscam ressaltar a importância de testemunhar cerca de 200 mortes (dados da Secretaria de Segurança Pública) e a luta contra a política de austeridade do governo de PH”, disse Janaína M. César, uma das produtoras do vídeo.
Para o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, o que se passa no ES é efeito do que se estende pelo país com o neoliberalismo: austeridade e crise. “Essa política trouxe efeitos sociais terríveis para a população mais empobrecida, sobretudo para mulheres, negros e moradores de periferia”, disse Rocha lembrando também que é tarefa do fórum mobilizar e resistir contra todas as investidas neoliberais antipovo do governo PH.
Fonte: Adufes