Além de homenageá-la/o, a manifestação cobrou resposta para a pergunta: “Quem mandou matar Marielle Franco?”.
Sob forte comoção, na capital capixaba, o ato aconteceu na Praça Costa Pereira (Centro), às 18 horas. Nas falas, mulheres de movimentos sociais, sindicatos e independentes cobraram por justiça. São Paulo, Belo Horizonte, João Pessoa, Belém, Aracaju, Fortaleza, Porto Alegre foram algumas das capitais que também realizaram atividades.
Em Brasília (DF), no horário do almoço, houve um a entrega de 365 placas com o nome de Marielle Franco. Portugal, Bélgica, Espanha, Suíça, Inglaterra, Alemanha, Itália, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Colômbia e Argentina são alguns dos países onde também ocorrem homenagens à Marielle e Anderson.
Para Suellen Suzano, uma das organizadoras da manifestação em Vitória e militante do PSol, Marielle foi uma incansável lutadora dos direitos humanos. “A vereadora lutou freneticamente pelo direito dos marginalizados, contra a violência que o Estado imprimi sobre a população e a juventude negra da periferia”, frisou. Ela reforçou que as mulheres capixabas também continuarão na luta por Ruan e Damian, jovens assassinados Morro da Piedade (Vitória), em março/2018.
Exigimos resposta. No dia 12 de março, a Polícia Civil e o Ministério Público do RJ divulgaram a prisão de dois policiais militares envolvidos no assassinato. Tratam-se do sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz. Lessa foi apontado como o responsável pelos 13 tiros disparados que executaram Marielle e Anderson. Já Queiroz, que foi expulso da corporação, foi o motorista do carro usado para o crime.
Após o anúncio, o delegado responsável pelas investigações, Giniton Lages, foi afastado do caso, para um intercâmbio na Itália. Segundo o MP/RJ, as investigações seguem para buscar determinar os mandantes da execução.
#MARELASsim: pela vidas das Mulheres, por direitos e contra os retrocessos. Desde a execução da vereadora e seu motorista, em 14 de março do ano passado, diversas manifestações cobraram o esclarecimento do caso e agilidade nas investigações. No 8 de março deste ano, Dia Internacional de Luta das Mulheres, a reivindicação “Justiça para Marielle” esteve presente em quase todos os atos realizados no país, inclusive em Vitória.
Para a assistente social e integrante do Fórum de Mulheres do Espírito Santo (FOMES), Emilly Tenório, o 8M deste ano foi a primeira grande mobilização no Estado após as eleições do presidente Bolsonaro. “Exigimos saber quem matou Marielle e Anderson. Somos Mariellas pela vida das mulheres e contra os retrocessos”, frisou.
O presidente da Adufe, José Antônio da Rocha Pinto, que esteve no 8/3 destacou que, os sindicatos endossam o pedido de retirada da Proposta da Emenda Constitucional (PEC) 06/2019, que trata da reforma da Previdência. “O documento, apresentado pelo presidente Bolsonaro desconsidera a extensão de jornada das mulheres”, destacou lembrando que é importante a unidade classista para fortalecer a resistência contra a PEC.
*Com informações do site Florescer Por Marielle
Fonte: Adufes