Servidores públicos estaduais do Paraná estão em greve por tempo indeterminado. Além da reposição salarial, os docentes que aderiram à greve reivindicam autonomia universitária e o arquivamento da Minuta da Lei Geral das Universidades Estaduais do Estado do Paraná (LGU) e do PLC 04/2019 – Lei de Eficiência da Gestão do Estado. O movimento grevista também cobra a realização de novos concursos públicos e a nomeação dos candidatos já aprovados em certames anteriores.
Docentes das universidades estaduais de Ponta Grossa (Uepg) e de Maringá (Uem) aprovaram nesta quarta-feira (26) a adesão ao movimento paredista. Os docentes da Estadual do Paraná (Unespar), do campus de Apucarana, estão em greve desde quinta-feira (27). Os professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) definiram que vão paralisar as atividades a partir de 1º de julho. Já a universidade estadual de Londrina (Uel) mantêm o indicativo de greve e vão realizar assembleia na próxima terça-feira , 2 de julho. Já os docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) aprovaram indicativo de greve para 22 de julho quando retornam das férias, pois vão encerrar o ano letivo neste sábado (29).
Para a 1ª vice-presidente da Regional Sul do Sindicato dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Silvana Heidemann Rocha, o movimento grevista está unificado em diversas áreas, além da educação. “Essa é uma greve construída de forma unificada por diferentes categorias dos servidores públicos estaduais do Paraná, tanto do Executivo quanto do Judiciário. No caso do Executivo, por exemplo, são servidores da saúde, da agricultura e da educação. No caso do Judiciário, são agentes penitenciários, polícia militar e polícia civil”, explica Silvana.
Perdas salariais. Estudos orçamentários do Fórum das Entidades Sindicais (FES), com base em relatórios oficiais divulgados pela Secretaria da Fazenda, apontam que o governador Ratinho Junior tem condições de atender as reivindicações dos servidores sem qualquer risco para a saúde financeira do estado. De acordo com o FES, os servidores estão deixando de receber o equivalente a dois meses de salário por ano.
O Fórum destaca ainda que o gasto com pessoal é o menor dos últimos 10 anos. Em março deste ano, a assessoria de imprensa do governo do Paraná divulgou que o estado lidera o ranking nacional de saúde financeira. Em 2018, a arrecadação com impostos foi de R$ 2,2 bilhões a mais do que o previsto pelo executivo local.
*Com informações das Seções Sindicais, FES e Terra sem males
Fonte: Andes-SN