A reivindicação será proposta como pauta da sessão do Conselho Universitário (CUn) na tarde desta quinta-feira, 29.
No documento, a Adufes, Sintufes e DCE cobram a realização de sessão pública do Conselho Universitário (CUn) e que a reitoria se manifeste contrariamente às propostas de reforma administrativa (PEC-32/2020) e de corte orçamentário da educação para 2021(PLOA/2021). Luar Santana de Paula, coordenadora geral do Sintufes, e conselheira do CUn, fará a solicitação em nome dos três segmentos no sentido de que se inclua o assunto para apreciação dos conselheiros.
“Esperamos que o conselho superior acolha as nossas reivindicações e, mais do que isso, colocamos à disposição da universidade, a plataforma virtual do sindicato para a realização da sessão pública”, diz Ana Carolina Galvão, presidenta da Adufes. Ela assinala que o sindicato já disponibilizou a plataforma por ocasião da discussão do ensino remoto, sem que houvesse resposta da instituição para garantir o amplo debate.
As entidades lembram que diante da atual conjuntura de desmonte dos serviços públicos e de ataques à educação, a reitoria e seus órgãos superiores precisam se posicionar contrariamente, a exemplo do que tem sido feito pelas entidades, trabalhadoras/es, e estudantes brasileiros. ‘’Cabe às universidades se posicionarem com firmeza em defesa do povo para o qual trabalha, promovendo discussões, apresentando análises, indicando as inconsistências e perversidade das propostas que desfiguram a natureza do Estado brasileiro”, frisa o documento.
A carta destaca os cortes previstos para a educação, na ordem de 4,2 bilhões, e para a saúde, de 127,75 bilhões. As entidades alertam que, se o corte se confirmar, poderá ocorrer suspensão de aulas em universidades e institutos federais. Criticam também as portarias nº 433 e nº 434, que tratam do planejamento da expansão da Educação à Distância nas universidades federais, modalidade que precariza a educação. “Essas portarias, não por acaso, instituem grupos de trabalho em meio à pandemia do novo coronavírus, em que se ampliou a oferta do ensino de forma remota e, aproveitando-se de circunstâncias chamadas “especiais” ,“emergenciais” ou “excepcionais”, agora se busca a normatização e ampliação da experiência excludente que tem vivido as instituições de ensino”.
Dentre as reinvindicações apresentadas também está a reativação do Comitê em Defesa da Ufes, que desempenhará papel fundamental nesse enfrentamento, segundo Ana Carolina. Ela ressalta ainda que a realização de “lives” para esta discussão é insuficiente por impedir a manifestação ampla. “Live só permite interação com 200 caracteres pelo chat. Isso não é direito de voz. Queremos uma plenária que possa dar voz à comunidade acadêmica.”