A diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes) – Seção Sindical do Andes-SN manifesta sua solidariedade às/aos professoras/es e funcionárias/os estaduais paranaenses que estão em greve de fome desde que saíram da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no dia 19. A ocupação foi encerrada depois de a justiça do Paraná ter acatado um pedido de reintegração de posse da Alep.
As/os manifestantes reivindicam a revogação da prova presencial, durante a pandemia, para contratação de professores temporários, o pagamento de progressões e promoções, a suspensão da militarização de escolas e a revogação da terceirização de funcionários.
A greve de fome é um recurso extremo utilizado pelas/os manifestantes, que expõe a face autoritária do governo do Paraná, bem como, em especial, sua irresponsabilidade em prever um edital de processo seletivo presencial para milhares de candidatas/os nas atuais condições sanitárias, uma vez que em 20/11 a capital do estado bateu recorde de novos casos de Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo e que a variação da média dos últimos 7 dias cresceu 51% em relação há duas semanas atrás.
A luta da educação paranaense revela, mais uma vez, que os governos desrespeitam a vida, os direitos trabalhistas, as condições dignas de trabalho, não valorizam serviços e servidoras/es públicos e apoiam um ideário político-pedagógico ultraconservador que tem sérias consequências para a formação crítica das novas gerações.
Rechaçamos as medidas autoritárias, negacionistas e os ataques do secretário da Educação, o empresário Renato Feder e do governador Ratinho Jr (PSD), que já pediu à justiça a retirada das/os manifestantes da marquise do Palácio Iguaçu, o que deixará ao relento docentes e funcionárias/os de escolas que lutam pela educação pública.
Lutar não é crime. Respeito à vida e às/aos trabalhadoras/es!
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