VI Congresso do MST discute os desafios do movimento e a Reforma Agrária Popular

A Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) definiu “Lutar! Construir Reforma Agrária Popular!” como lema do VI Congresso, que será realizado de 10 a 14 de fevereiro, em Brasília.

Durante a atividade, que é o maior espaço de decisões do movimento, o grupo pretende discutir as linhas políticas que orientarão a organização para os próximos anos. Será feito ainda, um balanço dos 30 anos de caminhada do MST. São esperados cerca de 20 mil trabalhadores e trabalhadoras.

Desde o começo do ano passado, o MST está em período congressual, realizando o trabalho de base nos acampamentos e assentamentos para definir o programa agrário. “O papel do MST é fazer a luta pela terra dos acampados e pela consolidação dos territórios já conquistados dos assentados, viabilizando a produção de alimentos saudáveis e educação para todas as famílias do campo”, afirma Gilmar Mauro, da Coordenação Nacional do MST.

O Movimento tem construído em debates com a militância, as famílias acampadas e assentados, pesquisadores da agricultura e apoiadores o programa de Reforma Agrária Popular, que contém propostas para o meio rural que correspondem ao novo período histórico de hegemonia do capital financeiro e ofensiva do agronegócio.

“Esse programa é considerado uma atualização da chamada Reforma Agrária Clássica, que foi realizada em outros países no contexto do desenvolvimento do capitalismo com base na indústria, que entrou em crise na década de 70 e com a implementação do neoliberalismo”, disse Adelson Rocha, direção nacional do MST/ES.

De acordo com Adelson o Congresso pretende trazer à militância e à sociedade, em geral, discussões que estão sendo realizadas para compreender melhor esse período histórico pelo qual passa o MST, para a partir daí, enfrentar os desafios que estão colocados.

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Fonte: Adufes