Greve suspensa, mas a luta continua forte!

O movimento unificado dos docentes e técnico-administrativos junto com a ocupação dos estudantes foi o mais coeso na história de greves na Ufes.

Os 29 dias de greve dos docentes revelaram, mais uma vez, aguerridos lutadores que colocaram a educação e a saúde no centro do debate público. Mesmo enfrentando pressão da Justiça, autoritarismo do governo e da reitoria, além de episódio com a polícia e de pressão conservadora, o movimento paredista não cedeu às chantagens e se manteve forte na defesa da pauta de reivindicação.

Diferente de anos anteriores, a pauta da greve teve como ponto central a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição- PEC 55/2016 (antes chamada de PEC 241) que foi aprovada no dia 13 de dezembro pelo Senado Federal. Conhecida como “PEC do Fim do Mundo”, a medida congela todos os investimentos públicos por 20 anos em prejuízo da população de baixa renda.

O encerramento da greve foi uma decisão da categoria na Assembleia Geral, realizada em 14/12, que aprovou o estado de mobilização permanente. Os professores avaliaram que com o recesso do Congresso Nacional era hora de reorganizar o movimento e programar as atividades para 2017, quando fará parte da pauta do movimento a reforma da previdência e a perda de direitos trabalhistas por conta dos ajustes econômicos do governo Temer.

Em fevereiro, os professores devem voltar a se manifestar também contra a medida provisória 746, que propõe a reforma do Ensino Médio, e o projeto Escola Sem Partido. “A saída da greve não significa que vamos ficar inertes no próximo período. Seguiremos mobilizados para enfrentar os projetos de o governo Temer que retirem direitos e dificultam ainda mais a aposentadoria dos trabalhadores. Estaremos vigilantes”, garante o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto.

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Fonte:
Jornal
Fique Por Dentro (Adufes) – edição dez/2016