Reitoria não cumpre compromisso firmado com entidades e coloca em pauta alteração da Resolução 37/2020, em meio a recesso, como manobra para tentar reverter decisão anterior do Consuni sobre a Fase 3

Adufes e Sintufes se manifestaram criticando o encaminhamento.

A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) encaminhou às entidades (Adufes, Sintufes e DCE) proposta de alteração da Resolução 37/2020 , do Conselho Universitário (Consuni), que “Regulamenta a reorganização das atividades administrativas e acadêmicas, assim como eventos no âmbito da Ufes como medida de prevenção à Covid-19 e o retorno gradual e seguro às atividades presenciais”. Na prática, a proposição visa deixar abertura para o retorno presencial, sobre o qual o Consuni já deliberou, tendo aprovado o avanço para a Fase 3 com uma série de restrições.

Em 5 de outubro, a Reitoria realizou uma reunião os segmentos para discutir a Instrução Normativa nº 90/2021, do Ministério da Economia. Na ocasião foi acordado que a Administração Central apresentasse a proposta de alteração da Resolução e enviasse às entidades para discussão com suas bases e retorno à Reitoria. Entretanto, as entidades foram surpreendidas pela proposta que receberam e pela reorientação de encaminhamento. Sendo assim, em resposta, a Adufes registrou que causa “indignação que o texto da mensagem da Senhora Pró-Reitora assinale que “eventuais sugestões de alteração sejam encaminhadas diretamente aos Conselhos Superiores”, pois não foi isso que foi acordado na reunião com as entidades”.

Sintufes também se manifestou afirmando que “a proposta está em desacordo com o que havíamos consensuado”.

A Adufes pede que a alteração da Resolução 37/2020 seja retirada da pauta da sessão de 22/10; que seja feito agendamento de nova reunião com as entidades para debater aquilo que os segmentos tiverem de proposição, com o devido tempo de encaminhamento; e que a Administração Central faça a escuta efetiva de sua comunidade, com prazos razoáveis para que os centros de ensino discutam e se manifestem. No ofício, a Adufes ainda lembra que “o mesmo equívoco de discussão apressada e em período de férias ocorreu por ocasião da aprovação do Earte, em 2020, conforme o sindicato denunciou à época, inclusive. Esperamos que a memória, o compromisso ético-político e a seriedade com o respeito às decisões da universidade estejam em primeiro lugar”.

 

Adufes