Em reunião, GTPFS avalia atividades de 2022 e realiza planejamento para 2023

Em 2022, o Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) da Adufes promoveu discussões importantes, como a permanência ou desfiliação do Andes-SN da CSP-Conlutas e o curso “A Universidade que queremos”. No dia 30 de novembro, o grupo se reuniu na sede do sindicato, em Goiabeiras, Vitória, e avaliou as atividades deste ano e elaborou um planejamento para 2023.

Participaram da reunião a presidenta da Adufes, Junia Zaidan, e as professoras Ana Carolina Galvão, Livia Moraes, Fernanda Binatti, Priscilla Chaves e os professores Rafael Bellan e Ricardo Behr.

A coordenadora do GTPFS, Ana Carolina Galvão, destaca que as atividades organizadas pelo grupo, em parceria com a direção do sindicato, desencadearam outras discussões sobre a permanência ou desfiliação do Andes-SN da CSP-Conlutas. O GTPFS promoveu um debate com a professora Eblin Farage (UFF) e o professor Hélvio Mariano (Unicentro). Posteriormente, a diretoria ampliou o debate, realizando uma plenária com a base, em outubro, e publicando edição extra do jornal Fique Por Dentro. Membros do GTPFS também participaram da delegação no 14º Conad Extraordinário do Andes-SN, realizado em Brasília, em novembro, com a mesma temática (Clique aqui e saiba mais).

O GT também construiu o curso “A Universidade que queremos”, que debateu pautas de luta pela universidade pública. Entre as atividades, esteve o lançamento do dossiê “A invenção da balbúrdia: dossiê sobre as intervenções de Bolsonaro nas Instituições Federais de Ensino Superior”, que denunciou o ataque à autonomia das universidades por meio da não nomeação de dirigentes eleitas/os pelas comunidades universitárias, como é o caso da Ufes (Clique aqui e saiba mais).

Outro encontro do curso foi a palestra “Financeirização do ensino superior e Reuni Digital nas universidades públicas”, que discutiu o projeto do governo de transformar as federais em universidades digitais e a política de privatização da educação superior. A partir da discussão, também a proposta de implementação de Educação a Distância (EaD) com até 40% da carga horária dos cursos presenciais da Ufes, que ganha espaço em reuniões com membros das câmaras locais e participação eventual de estudantes de nossa universidade e que, portanto, aguarda o amplo debate com a comunidade acadêmica. O sindicato tem mobilizado a categoria e dialogado com as/os estudantes pelo rechaço à implementação de 40% e a defesa da presencialidade na educação superior (Clique aqui e saiba mais).

Como parte do curso organizado pelo GTPFS, também foi realizada uma palestra com o professor Dermeval Saviani, que discutiu “O ensino na educação básica e no ensino superior”. A atividade foi histórica, pois foi a primeira vez que o professor esteve na Adufes e ele abordou temas como o ensino a distância, os ataques à educação e a desmobilização resultante da fragmentação da organização universitária, que permanece desde a época da ditadura empresarial-militar da década de 1960 (Clique aqui e saiba mais).

Ana Carolina Galvão explica que o curso seguirá em 2023, e que a previsão é que sejam realizadas quatro atividades, nos meses de abril, junho, agosto e outubro.

Como membro do GTPFS, a presidenta da Adufes, Junia Zaidan ressalta a importância da construção coletiva das ações dos GTs. “Os GTs traduzem o plano de lutas construído no Congresso em propostas locais, articulando-se com a diretoria para ampliar e fortalecer a participação da base e também da comunidade universitária, o que o GTPFS tem feito com organicidade”, destaca.

Adufes